segunda-feira, 2 de maio de 2011

Couve-flor
Nome científico: Brassica oleracea

A couve-flor é uma hortaliça do tipo inflorescência (conjunto de flores), pertencente à família Brassicaceae, assim como o repolho, o brócolis e a couve comum. É originária da Ásia Menor e foi levada para a Europa no século 16.

No Brasil é cultivada principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. É uma planta exigente quanto as condições climáticas, sendo originalmente produzida em regiões de clima ameno e no inverno. Porém, com o melhoramento genético, foi possível produzir cultivares que se adaptaram em climas mais quentes. Assim, esta hortaliça é encontrada em todas as épocas do ano.

A couve-flor é composta por flores brancas bem unidas, rodeadas de folhas alongadas. A couve-flor de cor branca é a mais comum, mas também é possível encontrar esta hortaliça com coloração creme, amarela, roxa ou verde. Pode ser consumida frita ou cozida, em saladas, sopas, refogados, gratinados e suflês.

Assim como outras hortaliças de cor branca, possui pigmentos flavonoides, classificados como antoxantinas, que variam de ligeiramente incolor a amarelados. Os flavonoides são pigmentos naturais, pertencente a um grande grupo de metabólitos secundários da classe dos polifenóis, sendo geralmente encontrados em frutas, flores e vegetais.

Os flavonoides são conhecidos por seu poder antioxidante, pois inibem reações de oxidação do "colesterol ruim" (LDL). Essas reações de oxidação são responsáveis pela formação de placas e trombos que dificultam o fluxo sanguíneo, ocasionando problemas circulatórios, como derrames e infartos. Os flavonoides também reduzem a rigidez arterial, deixando os vasos mais susceptíveis à vasodilatação, o que é um fator de prevenção para a ocorrência de hipertensão arterial. Estudos sugerem que os radicais livres predispoem à trombogênese (formação de trombos na corrente sanguínea) por promover aumento da agregação plaquetária. Os flavonoides podem inibir a atividade de enzimas responsáveis pela degradação de ácidos graxos (lipoxigenase e cicloxigenase), levando a uma diminuição da agregação plaquetária e, consequentemente, reduzindo os riscos de trombose.

A couve-flor possui também os glucosinolatos, compostos nitrogenados que promovem a proteção contra carcinogênese e mutagênese, sendo ainda ativadores das enzimas de detoxificação do fígado.

A couve-flor é rica em minerais como cálcio, fósforo e ferro, auxiliando no combate e prevenção de anemias, desnutrição e debilidade geral, sendo ainda importante para crianças e pessoas idosas. É também rica em vitaminas do complexo B, importantes na manutenção da saúde dos nervos, pele, olhos, cabelos, fígado e boca, assim como a tonicidade muscular do aparelho gastrintestinal. As vitaminas do complexo B são coenzimas envolvidas na produção de energia e podem ser úteis nos casos de depressão, ansiedade e TPM.

Os talos e folhas da couve-flor também são consumidos, pois possuem alto teor de nutrientes, assim como a inflorescência da hortaliça.
Cenoura
Nome científico: Daucus Carota

A cenoura foi primeiramente apreciada pelos gregos e romanos. Ela teve sua origem na região Mediterrânea e sudoeste da Ásia. No Brasil é bastante cultivada nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul. Seu período de safra é de julho a janeiro.

A cenoura possui um formato alongado e é constituída por raízes tuberosas de cor laranja e textura lenhosa. Nela está presente o betacaroteno, que é o responsável por lhe oferecer a coloração alaranjada. Sua parte folhosa também pode ser consumida, embora muitas culturas não conheçam esse hábito.

O beta-caroteno é uma pró-vitamina, precursora de vitamina A, capaz de proteger as artérias, fortalecer o sistema imunológico e combater infecções, além de ser anticancerígena e possuir ação protetora. O beta-caroteno ajuda a manter a saúde dos olhos, evitando a cegueira. Além de não ser calórica, este vegetal é benéfico para a pele e mucosas, pois apresenta ação antioxidante, que combate os radicais livres e estimula a síntese de melanina.  A ingestão diária de betacaroteno por no mínimo 10 semanas pode ajudar a proteger a pele de queimaduras solares.

Na cenoura também estão presentes as vitaminas C, D e do complexo B, que ajudam na manutenção do sistema nervoso. Possui também fibras solúveis que ajudam a diminuir o colesterol sanguíneo e melhoram o funcionamento intestinal, além dos minerais cálcio, magnésio, ferro, cobre, iodo, potássio e sódio, necessários ao bom equilíbrio do organismo. 

Possui um sabor levemente adocicado, sendo um vegetal que possibilita diversas preparações como: sopas, saladas, cremes, suflês, sucos, doces, biscoitos e bolos. Suas folhas são bastante nutritivas e muito úteis, proporcionando também diversas combinações na gastronomia. Podem ser consumidas cruas, inteiras, em forma de suco, saladas, e também cozidas em sopas ou refogadas.

As cenouras podem ser de quatro diferentes variedades:



Cenoura Nantes: possui as pontas arredondadas, pele lisa e coloração laranja escura.






Cenoura Brasília: possui um formato de cone, com as pontas pouco fechadas, pele não muito lisa, de cor laranja clara.





Cenoura Kuroda: possui um formato cônico, com as pontas arredondadas e de cor laranja avermelhada.






Cenoura Baby: como o próprio nome diz, é um tipo miniatura de cenoura, comercializada congelada ou enlatada, podendo ser consumida crua, cozida, ou em preparações de diversas receitas.



Na hora de escolher as cenouras deve-se observar se as mesmas estão lisas, firmes, sem rugas e com cor uniforme. A cenoura pode ser conservada por um período maior em relação a outros legumes. Quando conservada na geladeira pode permanecer em boas condições por cerca de uma a duas semanas.